Poesias de Matheus Araújo
é 1984
todos os relógios estão cravados
um minuto,
ou um segundo
antes [ou
será depois]
da revolução{?}
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Sólido? Que nada
Só? Muito mais
Sozinho? Quando quero
Saudade? Apenas uma
Desejo? O mais mórbido
Sonhos? Etéreos, fugidios
E Pesadelos? basta abrir os
olhos
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Nasci e não escolhi por nada
Não escolhi céu azul e sol
Nem estrelas e lua
Eles no entanto estavam lá
E não cabia mesmo a mim escolher estes
Pois não são feitos da mão do homem
Porém o homem fez leis
Fez costumes e fez contratos
Nenhum desses eu escolhi ou quis
Ninguém me perguntou se eu concordava
Sempre me disseram que assim era melhor
E eu sem experimentar diferente aceitei
Encenei todas as farsas exigidas
bebi do copo que me foi empurrado
e comi do prato que me foi posto
Agora eu cuspo nesse prato
E vomito tudo que bebi e comi
Não quero mais encenar nenhuma peça
Senão aquelas que eu escolher
Não assinarei mais nenhum papel
Não usarei mais de sensos comuns
Não respeitarei as leis impostas
Renego a vida como ela tem sido
Porque eu não quero ser assim
Escolho por mim mesmo neste momento
Vivo como se não há amanhã agora
Que a revolta tome conta de minha cabeça
Que a subversão acenda os fogos
E deixe queimar o passado presente
Com a escolha que faço aqui
Retomo o controle de minha própria vida
Eis o Homem
há mais em: http://subvivente.blogspot.com/
e desenhos em: http://www.artconspiracy.com/gallery.aspx?area=eye&id=2144111840&category=
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