O ROMANTISMO E A CRÍTICA SOCIAL DO POETA CLEBER CHAVES NO ESPAÇO CULTURAL LIVRE:

MINHA VIDA É...

Minha vida é um esconderijo
de mim, de mim mesmo
sozinho sofrendo pelo beijo
que não dei com medo...

de talvez não sei
me entregar a ti
e chorar triste
por você, por mim.

Mas não sei
minha vida assim
possa ser o fim
de mim mesmo, de ti.

Mas nos cantos
dos encantos,
espero-te aos prantos
com pássaros admirando-nos.

Mais no começo
me veio o desespero
de um lindo espelho
mostrando-me teu corpo.

Todo adorável
quem dirá inimaginável
guardado eternamente
a sete chaves entregue a tempestade.

Da paixão de amar
o amor entregue ao mar,
que nos deixou a ilusão
desta grande e linda emoção.

Por isso te amo tanto
com meu coração
e minha alma
que esta sempre me dando a calma.


Que preciso para quem sabe um dia
dizer-lhe que me ame
assim como o amor ama
a nos dois juntos na neve.

Assim como no verão ao sol
preciso de ti, meu farol
minha luz que brilha feito uma estrela
que caiu do céu num dia de lua cheia.

Trazendo-me o amor
que não conhecia
e nem pensei conhecer algum dia
mas estamos aqui admirados.

E por esse amor amados
amando um ao outro
como amantes loucos
que amam um ao outro.
17 de janeiro de 2007.

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CAOS, FOME, GUERRA CIVIL, CORRUPÇÃO,
VIOLÊNCIA, INJUSTIÇA

Como pude nascer
num mundo em caos,
onde cada um só pensa em si,
e esquece do futuro do seu próprio filho.
Causando caos
aos que estão felizes
em suas casas, podres
caindo aos pedaços,
por causa dos cupins
que comem toda a madeira,
e com o aço derretendo
com o calor do sol,
pois a camada de ozônio
não existe mais...
mas a fome não da trégua,
já que onde existe alimento
este é exportado para outro país
virando neste outro
ração de animais,
que morrerão mais tarde
e virarão comida de outros
e não daqueles que produziram a ração.
A fome que mata pessoas
em países ricos (de produção auto-sustentável)
jogando comida em lixões,
e importando alimentos de outras nações
para que os ditos pobres
não consigam pagar,
e alimentar seus próprios filhos
que comem o feijão e a farinha,
quando não só há farinha,
já que nem sempre a chuva vem...
por causa da poluição
que somente cresce
a cada dia
causando a tristeza
de todas as famílias,
que não lucram
com as desgraças
das industrias capitalistas
que só pensam
no hoje
e que morrem amanhã
deixando o dinheiro para ninguém,
pois não tiveram tempo
de ter filhos,
pois estavam muito ocupados
produzindo a poluição na Terra.
Deixando este dinheiro
para o Estado
que envia filhos,
filhos de outros
para a guerra
que nem sabiam existir,
já que não queria
maltratar e até matar
aquele povo
que ele nem conhece,
mas que morreu
pelas mãos de um terrorista
que foi criado pelo país capitalista
que causou a guerra
por causa de poder,
de mais poder.
E dizendo-se fazer isto
em nome de Deus
gasta bilhões de dólares
matando inocentes
e se vangloriando
com a morte de conterrâneos
que morreram
sem saber a causa,
ou sabendo-se
que morreram por nada.
E criando-se uma
guerra civil
num país distante,
causando dor
para os habitantes daquele país
que não tinham culpa
das desgraças entre seus governantes.
Enquanto isto, a corrupção
em outro lugar
corrompe homens,
que se enriquecem
com a morte de outros,
que não receberam
os benefícios que precisaram
para não virarem sinônimo de ladrões,
já que estes são
aqueles grandões
que usam a caneta
como arma,
para condenar
pessoas inocentes
a morte.
Criando através deste ato
a injustiça no julgamento
da justiça,
que ficou perdida
em algum lugar
destas verdades
que está sendo escrita
a cada dia
em nossas vidas
sem ninguém fazer nada,
ou com poucos tentando
fazer alguma coisa.
Já que quando se olha
o mundo real,
somente se vê
dor, desprezo pela vida,
sofrimento,
todos são inimigos
de todos
e não existe um herói
para salvar um ao outro
assim como na ficção
criada pela desilusão.
03 de fevereiro de 2007.